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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Professores retornarão às aulas em 17 de agosto

Professores retornarão em 17 de agosto

Conforme informado no Fax Urgente 42, a Secretaria Estadual da Educação (S.E.E.) adiou o reinício das aulas para o dia 17 de agosto devido à gripe suína. Nesta quarta-feira, 29, a APEOESP, em contato com a S.E.E., confirmou que o adiamento atinge professores e alunos.

Esta informação foi endossada em Comunicado da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP) enviado nesta data às Diretorias Regionais de Ensino, aos Supervisores e aos Diretores de Escola. O Comunicado reafirma que as atividades regulares da equipe gestora e dos funcionários da unidade escolar serão mantidas, com exceção dos docentes atuantes em sala de aula, cuja participação, no período do prolongamento do recesso, ficará restrita às reuniões de replanejamento escolar.
Portanto, as aulas estão suspensas até 17 de agosto para professores atuantes em sala de aula e alunos. Demais profissionais da unidade escolar trabalharão normalmente.

Calendário escolar deve ser definido pelo Conselho de EscolaO Comunicado da CENP também orienta as escolas em relação à reorganização do calendário escolar: caberá à unidade escolar manter ou rever as datas de seu replanejamento escolar, ou seja, realizando-o nos dias já programados, ou remanejando-o para outra data, desde que anterior ao efetivo reinício das aulas; e dimensionar o número de dias letivos anuais necessário à obtenção do total exigido pela Lei nº 9394/96, acompanhado das alternativas para seu cumprimento.

A APEOESP reafirma a importância da participação do Conselho de Escola na discussão da reorganização do calendário.

Nesta quinta-feira, 30, a Secretaria de Legislação e Defesa dos Associados da APEOESP realizará encontro com todos os advogados que atendem pelo Sindicato. Entre outros temas, o encontro debaterá a suspensão do reinício das aulas, a reorganização do calendário escolar e possível reposição de dias, na perspectiva de resguardar todos os direitos dos professores.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Adiamento da volta às aulas, confirmado.

“A Secretaria de Estado da Educação, por recomendação da Secretaria de Estado da Saúde, determina que a volta às aulas do segundo semestre seja adiada para o dia 17 de agosto. As escolas que já tiveram retomado as aulas deverão suspendê-las até a referida data.

O governo do Estado tomou esta decisão para tentar reduzir a transmissão do vírus influenza A H1N1.

No último dia 8, a secretaria de Estado da Educação realizou uma videoconferência para os 210 mil professores da rede para orientar os docentes sobre a doença e como evitá-la no ambiente escolar.

Até o momento não foram registrados casos de gripe suína na rede estadual de ensino.”

extraído do site da SEE, às 18h00

Nota oficial da Secretaria da Saúde sobre retorno às aulas

A Secretaria de Estado da Saúde decidiu nesta terça-feira, 28 de julho, recomendar às escolas públicas e privadas que adiem o retorno das aulas para o próximo dia 17 de agosto. A medida tem como objetivo reduzir a transmissão do vírus influenza A H1N1 no Estado de São Paulo.
A recomendação é válida para todos os estabelecimentos de ensino, entre eles escolas de educação infantil, ensinos fundamental e médio, além de universidades. 
A decisão de indicar a ampliação das férias escolares foi tomada depois de análise das recomendações e avaliações da OMS (Organização Mundial da Saúde) a respeito da propagação do vírus entre estudantes e de recorrentes relatos sobre o aumento expressivo do número de crianças e adolescentes atendidas nos pronto-socorros paulistas devido a problemas respiratórios.
A Secretaria também reafirma a orientação à população para que mantenham as medidas de higiene, como lavar as mãos com frequência e cobrir o nariz e a boca quando tossir ou espirar. É fundamental ainda que pessoas com sintoma de gripe fiquem em casa, repousando.
Até o momento, o Estado de São Paulo registra 27 óbitos de pacientes infectados pelo vírus influenza A.

Extraído do site do Governo do Estado

Concurso Público na Prefeitura de São Paulo

PUBLICADOS EDITAIS DOS CONCURSOS PÚBLICOS DE INGRESSO PARA PROFESSOR DE ENSINO FUND. II E MÉDIO E DE ACESSO PARA GESTOR NA PREFEITURA DE SP

A Prefeitura publicou nas páginas 31 a 38 do Diário Oficial da Cidade desta sexta-feira, 24 de julho, os editais de abertura de inscrições para os concursos públicos de ingresso, para o provimento dos cargos de professor de ensino fundamental II e médio, e de acesso, para gestor educacional.

Os concursos se destinam ao provimento de cargos vagos e dos que vagarem ou forem criados durante o seu prazo de validade, de dois anos, prorrogáveis por mais dois anos.

De acordo com edital, são 1.530 vagas para professor de ensino fundamental II e médio, nas disciplinas de Artes (340 vagas), Biologia (03), Ciências (54), Educação Física (463), Física (05), Geografia (289), História (152), Inglês (106), Matemática (57), Português (60) e Química (01). A remuneração mensal é de R$ 1.203,12 na jornada Básica do Docente (JBD), de 30 horas/aula semanais.

Para o concurso de gestor educacional, são 311 vagas, sendo 230 para os cargos de coordenador pedagógico, com salário inicial de R$ 2.377,92; 97 vagas para diretor de escola, com R$ 2.583,59; e 04 vagas para supervisor escolar, com salário de R$ 2.751,49.

As inscrições serão feitas pela internet e nas agências do banco Santander credenciadas pela Fundação Carlos Chagas, responsável pela organização e realização dos concursos, conforme segue:
internet: das 10h do dia 10 de agosto às 14 horas de 21 de agosto
banco: de 10 a 21 de agosto, das 10h às 16h.

O valor da inscrição para o concurso de ingresso de professor de ensino fundamental II e médio é de R$ 58,00.

Observação: os profissionais de educação comissionados serão inscritos de ofício.

PROVAS SERÃO APLICADAS EM OUTUBRO

Serão aplicadas provas objetiva de conhecimentos gerais, dissertativa e objetiva de conhecimento específico. Na pontuação final, as notas das avaliações serão somadas aos títulos.

Os candidatos ao cargo de gestor educacional farão a prova no dia 25 de outubro.
Já as provas para os candidatos a professor de ensino fundamental II e médio serão aplicadas em duas etapas:
25 de outubro: prova objetiva de conhecimentos gerais e dissertativa, com duração de três horas, para todas as disciplinas; e prova de objetiva de conhecimentos específicos, com duas horas de duração, para as disciplinas de Português, Matemática, Artes e Ciências;
01 de novembro: prova de conhecimentos específicos, com duas horas de duração, para as disciplinas de Educação Física, Biologia, Física, História, Geografia, Química e Inglês.

SINPEEM PROMOVERÁ CURSO PREPARATÓRIO

ÍNTEGRA DOS EDITAIS Vale lembrar que os editais contêm todas as instruções necessárias e normas que devem se lidas, compreendidas e cumpridas rigorosamente pelos candidatos para evitar problemas posteriores. Para consultar a íntegra dos editais acesse:

Edital para o concurso público de gestor educacional:http://www.sinpeem.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=3364

Edital para o concurso público de professor de ensino fundamental II e médio:
http://www.sinpeem.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=3362

Fonte Sinpeem

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Redução de professores temporários não tem prazo

Estado diz que novas vagas para professor não serão contempladas em concurso deste ano

FÁBIO MAZZITELLI, fabio.mazzitelli@ grupoestado. com.br

As 80 mil novas vagas recém-criadas para professores na rede estadual de ensino de São Paulo não serão contempladas no próximo concurso a ser realizado pelo governo de São Paulo. Isso vai adiar em pelo menos um ano o início da redução do número de docentes temporários nas escolas da rede, uma das principais metas da Secretaria de Estado da Educação.O edital do concurso deve ser lançado em agosto e o governo afirma que os novos cargos devem ficar fora do processo.

Segundo a própria Secretaria da Educação, serão abertas apenas 10 mil vagas remanescentes, que já existiam e estavam ociosas em consequência de aposentadorias ou exonerações pedidas por professores efetivos. As outras 80 mil vagas ficarão para concursos ainda sem data para ocorrer. Dados de maio deste ano apontam que 104 mil dos 217 mil docentes do Estado são temporários - 48% do total.A contratação em caráter temporário é criticada por, entre outros motivos, aumentar a rotatividade dos professores, que não criam vínculo com as escolas onde trabalham.“Para esse (concurso), o ingresso neste momento está previsto para 10 mil, que são as vagas que a gente já dispunha. Então, esse primeiro concurso foi previsto para suprir essas vagas”, disse a diretora da Escola de Formação de professores, Vera Cabral Costa.Segundo o secretário de Gestão, Sidney Beraldo, o número total de vagas pode chegar a 15 mil no próximo concurso.

O objetivo do governo é abrir 90 mil vagas para professores por meio de concurso nos próximos anos - as 10 mil remanescentes e as 80 mil recém-criadas pelo governo. “Vamos fazer por etapas (os concursos) para garantir uma boa qualidade, uma linha de corte boa. Conforme forem aparecendo as necessidades, vamos substituindo os temporários por concurso. Pensa-se em fazer 15 mil e, no ano que vem, vai se fazer uma outra avaliação”, diz Beraldo.Luta pela qualidade.

Ontem, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, o governador José Serra (PSDB) sancionou os dois projetos de lei complementar aprovados no fim de junho pela Assembleia Legislativa.Os projetos criam as novas vagas para professor mediante concurso em meio a uma série de medidas para melhorar a qualidade do ensino na rede estadual.Entre as medidas, estão a criação da Escola de Formação de professores e a instituição do exame de seleção dos docentes temporários. Todos aprovados em concurso ou na prova dos temporários terão de passar pela Escola de Formação.

Os temporários que são estáveis no cargo, em caso de reprovação na prova, serão encaminhados a funções administrativas na rede estadual.“Estamos focados na melhora da qualidade dos professores, da sala de aula, que é o problema número um do ensino no Estado de São Paulo”, disse Serra.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Debate Educacional sobre Práticas do Cotidiano Escolar

Caros professores e professoras, o Coletivo APEOESP na Escola e na Luta realizará no próximo sábado, dia 18/07/09, às 15h, na APEOESP de Itaquera, um Debate Educacional sobre Práticas do Cotidiano Escolar.

Para tal, exibiremos o filme "Entre os muros da Escola" que aborda, especialmente, os conflitos e contradições da falta de projeto escolar.
Como ninguém é de ferro, logo após nossa reflexão, realizaremos uma Confraternização de Recesso Escolar e Sindical.
Contamos com a presença de todos e todas!!!!

Um grande abraço e saudações sindicais!!!!!
Gabriela F: 8612 7826 Marcos César F: 8955 0838 Serginho F: 8228 6447
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2º - CONVITE

Curso Preparatório para o Concurso público SEE _ PEB II
APEOESP ITAQUERA

15/08/09 - (sábado) 8h ás 12h
Tema: Visão Político Pedagógica da SEE

15/08/09 – (sábado) 14h às 18h
Tema: Constituição Federal e Constituição Estadual.

16/08/09 – (domingo) 8h às 12h
LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( Lei 9394/96)

22/08/09 – (sábado) – 08h ás 12:h
Tema: ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8069/90

22/08/09 – (Sábado) – 14h às 18h
Tema: Diretrizes Curriculares Nacionais – Níveis e Modalidades e legislação estadual pertinente.

23/08/09 – (domingo) – 08h às 18h
Tema: Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Infantil, Fundamental e Médio.


29/08/09 – (Sábado) – 08h ás 12h
Tema: Estatuto do Funcionalismo Público Estadual – Lei 10.261/68 e Estatuto do Magistério – Lei 444/85

29/08/09 (sábado) – 14h ás 18h

Lei 836/97 – Plano de Carreira

30/08/09- (domingo) – 8h ás 12h.
Tema: Normas Regimentais, Lei 180 e Decreto 12.983 e Deliberações da SEE

Taxa de manutenção: R$ 15,00

Local: A confirmar



Inscrição: APEOESP (SUBSEDE ITAQUERA/GUAIANASES/S. MATEUS)
Rua Colonial das Missões, 204 - Itaquera
Informações – Fones: 2944.7951/ 2944.1369

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Exibição do Filme Francês "Entre os Muros da Escola "

O coletivo Apeoesp na Escola e na Luta de Itaquera
Exibirá no dia 18 de julho sábado ás 15 horas na subsede de Itaquera o
filme Francês " Entre os muros da escola "
que faz uma reflexão sobre os rumos da escola pública seus desafios, diferenças e conflitos.
A subsede de Itaquera fica na Rua Colonial das Missões 204
Vila carmosina Bem próximo do Centro de Itaquera
Informações com os professores Serginho 11 8228 - 6447 ou Gabriela 8612 7826

terça-feira, 14 de julho de 2009

Professores de Pernambuco em greve

Comunicamos aos estudantes, pais, mães ou responsáveis e a população pernambucana, que os trabalhadores e as trabalhadoras em educação da rede estadual de ensino estão em GREVE.

O governo do estado recebeu a pauta de reivindicações da categoria, no dia 25 de março de 2009, e até o momento não apresentou o percentual de reajuste salarial.

É importante informar que NÃO é a greve que prejudica os estudantes no ENEM, como afirmou o jornal Diário de Pernambuco no dia 7 de julho, mas a falta de professores/as e funcionários/as administrativos/as nas escolas públicas, porque até a presente data o governo não convocou os/as aprovados/as no concurso público para trabalhar, deixando escolas e estudantes desassistidos.

Atualmente o/a professor/a com formação de nível superior (quatro anos de estudos em uma faculdade) recebe o valor de R$ 762,00. O governo afirma estar pagando o piso salarial, quando na realidade descumpre a Lei Nacional.

Diante desses fatos, perguntamos: Qual o/a profissional que se sente motivado/a com esse tratamento?

Como educadores/as, também temos família, compromissos e não nos alimentamos e mantemos a mesma com notbooks, jornais, revistas, livros, nem com promessa de que pagará um prêmio salarial (14º salário) uma vez por ano. Necessitamos de salário digno, pago mensalmente e atualizado anualmente, como determina a Constituição Federal do Brasil.

Portanto, devido ao NÃO cumprimento integral da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional do/a professor/a, ESTAMOS EM GREVE POR UMA VERDADEIRA VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL.

Fonte: Sintepe

sexta-feira, 3 de julho de 2009

“Vigiar e punir é política estranha à educação”, avalia professor

Há duas semanas, o governo de São Paulo anunciou parte de um plano de combate à violência nas escolas da rede estadual. O plano se fundamenta na instalação de câmeras nas escolas e no deslocamento de um oficial da Polícia Militar para trabalhar na Secretaria de Estado da Educação. Sua função será “realizar um trabalho de inteligência”.

Serão instaladas 11 mil câmeras em todas as 2200 unidades de ensino da região metropolitana de São Paulo. A proposta é mapear os problemas que ocorrem nas escolas.

O Observatório da Educação entrevistou Eduardo Amaral, professor de filosofia da rede estadual de São Paulo. Ele avalia o plano de combate à violência nas escolas da rede estadual, anunciado pelo Governo de São Paulo.

OE – Como avalia a instalação de câmeras nas escolas da rede estadual de São Paulo como forma de combate à violência?

Eduardo - A impressão geral é ruim, porque traz outro tipo de cultura para a escola, deixando de lado o caráter pedagógico que poderia ter a questão da disciplina escolar. Transforma num caso de polícia. Acho isso grave. Por outro lado, considero que vai ser um enorme gasto de dinheiro e que não terá os resultados esperados. Burlar a câmera ou fazê-la sumir vai virar uma espécie de regra. Acho um equívoco grave do estado, de manter uma política de vigiar e punir, que é absolutamente estranha à educação.

OE – Que impactos a presença das câmeras pode trazer ao cotidiano escolar?

Eduardo - Medidas de vigilância policial tem uma certa dimensão. Se é patrimonial, funciona de um jeito. Se é para incidir sobre disciplina ou violência que se comete contra o professor, há outras alternativas, por mais grave que seja a situação. Passa por uma reestruturação da escola sobre como resolver seus conflitos. A violência explode onde não se tem meios de resolução do conflito. Se não há uma gestão democrática na escola, a relação dos professores e direção da escola em relação aos alunos é pautada pelo autoritarismo. Seria uma medida mais eficaz, mas também de médio e longo prazos, trabalhar para que as escolas resolvam seus conflitos, e estabelecer formas de convívio democrático nas escolas.

OE – E como avalia a idéia de destacar um oficial da policia militar para atuar na secretaria de educação e fazer esse monitoramento?

Eduardo - Considero que a polícia não está preparada para lidar com assuntos da escola, educacionais. Mesmo a ronda escolar que, em tese, deveria ter formação específica para lidar com as pessoas numa ação educativa, não faz isso. Se há violência na escola também há violência da ronda policial em relação aos alunos. Senão agressão física propriamente, violência verbal. Isso, do ponto de vista pedagógico, é uma lástima, porque ensina que é assim que se resolvem os problemas, na base dos berros, na coerção física, fugindo de qualquer formação para cidadania. Ou seja, o que estará se ensinando vai na oposição do que deveríamos esperar de uma escola pública.

OE – Há situações de violência na escola onde você trabalha? Como lida com elas?

Eduardo - Não temos casos. É raro, e de tal modo abafado, que não tem espaço de discussão. A regra nas escolas é a expulsão do aluno, que é uma medida de recusa de qualquer pedagogia, tira-se o problema para não precisar resolver, ou encaminha para outras instâncias, como o boletim de ocorrência, etc. A violência física é quando estoura, e medidas precisam ser tomadas até para proteger a integridade física das pessoas. A questão é como a escola se organiza para resolver seus conflitos mais cotidianos, como estabelece relação mais dialogada e participativa dos alunos. Hoje se fala em protagonismo juvenil, mas isso é mais retórico do que, de fato, ter instâncias dentro da escola em que o jovem do ensino médio possa discutir o que faz na escola, o que espera da escola, quais suas expectativas de vida. São essas questões que aparecem no dia-a-dia da escola, que não consegue responder a esses anseios, angústias de qualquer jovem nessa idade.

OE – Que tipo de política pública deveria ser desenvolvida pelo Estado para lidar com esse tema?

Eduardo - O primeiro é encaminhar como pauta na escola um processo de efetiva democratização de sua gestão. Ter uma escola democrática, em que as coisas têm espaço para serem discutidas, é algo que ainda precisamos conquistar e estabelecer como cultura escolar. Além disso, ter mecanismos de resolução de conflitos, dialogados; há algumas experiências isoladas, mas não vemos ecoar para a rede. Mas não é algo de curto prazo, não há panacéia para resolver o problema. A violência não é apenas de dentro da escola, mas está na sociedade, pelos problemas que ela carrega de desigualdade, e não será uma política pública isolada que conseguirá dar resposta para esse volume de questões.

Leia mais no site do Observatório da Educação

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Conselho de Educação aprova fim de disciplinas no ensino médio; cem escolas devem implantar

Sem debate aprofundado com a categoria, a comunidade escolar e especialistas ,CNE aprova reorganização curricular do ensino médio .

Conselho aprova fim de disciplinas no ensino médio;
cem escolas devem implantar

Da Redação - UOL Em São Paulo

O CNE (Conselho Nacional de Educação) aprovou nesta terça-feira (30), em Brasília, a proposta do MEC (Ministério da Educação) de apoiar currículos inovadores para o ensino médio. Pelo projeto, será possível lecionar os conteúdos de maneira interdisciplinar, sem que sejam divididos nas tradicionais disciplinas como história, matemática ou química. O aluno também terá condições de escolher parte de sua grade de estudos.

A partir de 2010, cerca de cem escolas deverão receber financiamento da pasta para implantar mudanças curriculares com o objetivo de tornar a etapa de estudos mais atraente."Esperamos que essa proposta seja acompanhada e avaliada e possa se tornar uma política universal", disse a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda. De acordo com ela, a intenção é que o programa seja estendido e que todas as escolas que oferecem ensino médio possam adotar as mudanças curriculares. "Nossa intenção não é ter escolas modelos, mas que todas possam oferecer ensino de mais qualidade", disse o coordenador-geral do ensino médio da Secretaria de Educação Básica, Carlos Artexes Simões.

Como funciona a ideia

Pela proposta, o ministério financiará projetos de escolas públicas que privilegiem, entre outras mudanças, um currículo interdisciplinar e flexível para o ensino médio. A intenção é que a atual estrutura curricular - organizada em disciplinas - seja substituída pela organização dos conteúdos em quatro eixos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura, para que os conteúdos ensinados ganhem maior relação com o cotidiano e façam mais sentido para os alunos.

Outra mudança a ser estimulada é a flexibilidade do currículo: 20% da grade curricular deve ser escolhida pelo estudante.O texto prevê o aumento da carga horária mínima do ensino médio - de 2,4 mil horas anuais para 3 mil - além do foco na leitura, que deve passar por todos os campos do conhecimento.

A proposta estimula experiências com a participação social dos alunos e o desenvolvimento de atividades culturais, esportivas e de preparação para o mundo do trabalho.Segundo Artexes, a partir das recomendações do CNE à proposta, o ministério terá condições de organizar o programa e apresentá-lo aos estados e ao Distrito Federal. "Nos próximos 40 dias, o ministério definirá o volume de recursos disponível para o programa e a forma de financiamento, se diretamente à escola ou se por meio de convênio com as secretarias estaduais", afirmou.

* Com informações da Assessoria de Imprensa do MEC