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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Folha de São Paulo nega o horror nos porões da ditadura

Segundo a Folha de São Paulo, em editorial publicado na última terça-feira (17/02) sobre a vitória de Hugo Chàvez no referendo que deu direito aos políticos do poder executivo se re-elegerem quantas vezes quiser, houve uma “ditabranda” no Brasil durante o regime militar, entre 1964 e 1985.Ainda de acordo com o pensamento infame dos seus proprietários, os Frias que vieram em busca de oportunidades aqui no Brasil, esses governos autoritários “partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”.

O presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azêdo, considerou o episódio “lamentável”. Em sua opinião, a Folha, num só parágrafo, alinha uma série de “equívocos de caráter político e histórico”.“Ao dizer que é uma ‘ditabranda’, o jornal esquece, por certo, das mortes ocorridas durante a ditadura. Esquece dos milhares que tiveram seus direitos políticos cassados, que tiveram que se exilar, sem contar os torturados nas masmorras da ditadura.É lamentável que se proceda a uma revisão histórica dessa natureza. O que era negativo passa a ser positivo, dando absolvição àqueles que violaram os direitos constitucionais e cometeram crimes, como o assassinato do jornalista Vladimir Herzog nos porões do Doi-Codi”, diz Azêdo.O presidente da ABI lembra também que o direito ao habeas-corpus foi suspenso durante o regime militar: “Dizer que houve acesso à Justiça é uma falsidade de caráter histórico que deveria causar vergonha à Folha de S. Paulo”, diz. Fonte: Comunique-seDespautérios como estes só poderiam vir de quem, não só deu total apoio aos carrascos militares como também foi um dos principais articuladores do golpe de 64.Foram e continuam sendo subservientes aos golpistas e aos filhos da ditadura.

FONTE: BLOG BODEGA CULTURAL

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