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sábado, 28 de março de 2009

Seis por meia-dúzia

No blog do Luiz Araújo:

A imprensa hoje noticia a troca de comando na Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. Sai a professora Maria Helena Guimarães e entra o deputado Paulo Renato Souza.


As motivações da troca não estão claras, sendo que alguns veículos consideram que a atual secretária se desgastou, especialmente depois da descoberta de erros grosseiros nos livros didáticos distribuídos às escolas paulistas (um deles é que o mapa da América do Sul possuía dois Paraguais e nenhum Equador). Não tenho elementos para fazer um juízo sobre este aspecto.


O que posso afirmar com toda a certeza é que uma troca de SEIS por MEIA DÚZIA. Todas as paredes do MEC sabem que durante os oito anos de gestão de Paulo Renato Souza quando FHC foi presidente, a professora Maria Helena era peça chave na engrenagem do ministério.

 
A política educacional vai continuar a mesma, totalmente focada na aplicação de provas, provinhas e provões e na distribuição de bônus baseados em testes de desempenho.

Um comentário:

  1. Há quem cantasse vitória com a notícia de ontem, 27/3: caiu a Secretária de Educação do governo Serra, Maria Helena Guimarães de Castro, uma semana depois de apresentar os índices do Idesp, segundo os quais mais de 70% das escolas paulistas melhoraram, e na semana que saiu o tal bônus por desempenho. No entanto, a substituição é mais do mesmo, com grifo no “mais” e no “mesmo”.

    Vale lembrar que Maria Helena foi a presidenta do Inep enquanto Paulo Renato foi o Ministro da Educação, nos anos FHC. E, não é de surpreender que se diga agora que a ex-secretária continuará na equipe do novo secretário, não só a fim de cumprir uma transição, mas é porque, efetivamente, a coisa é essa mesma: a história se repete, para manter o curso das coisas, e não para alterá-lo.

    É verdade que Maria Helena ficou fragilizada, em virtude dos embates com os professores e com o Sindicato, e por esse último tropeço, as “apostilas dos dois Paraguais”, que “encinam” bem as crianças. Contudo, ao deixar o comando da Secretaria de Educação, antes de fragilizar a política educacional do governo, acaba por fortalecer essa mesma política com a substituição, para manter o verniz de “competência técnica” com que os tucanos se bronzeiam. Seja como for, a pauta continua a mesmíssima: bônus, avaliação, mais avaliação, índices, controle, punição…

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